Programação: Apresentações de experiências de projetos de extensão

Veja a programação completa das apresentações dos projetos PROEXT-PG por eixo temático.

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DIA: 06/11

HORÁRIO: 13H30

LOCAL: Sala 1 D023 – Auditório do Centro Socioeconômico Bloco D, térreo, CSE, UFSC

 EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO CIENTÍFICA E ENSINO DE CIÊNCIAS

Título:  Divulgação científica para o público infanto-juvenil: aproximando a universidade do ensino fundamental  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Pequenos Grandes Cientistas

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Regina de Sordi

 Resumo:  O projeto de extensão Pequenos Grandes Cientistas é uma iniciativa dos professores do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É um projeto coordenado pela Professora Drª Regina de Sordi, com a colaboração de professores, alunos de pós-graduação e graduação da UFSC. Este projeto surgiu na tentativa de levar a ciência para os anos iniciais do ensino fundamental. Trata-se de um projeto mão na massa em que os estudantes visitam laboratórios de pesquisa do CCB e executam atividades experimentais. Menos de um terço das escolas públicas em Santa Catarina possuíam Laboratórios de Ciências nos anos finais — 6º ao 9º ano — da Educação Básica em 2024. Desta forma, a iniciativa busca conectar o público infantil com a ciência, tornando os alunos em cientistas por um dia.

Título:  Conscientização sobre os Efeitos das Drogas de Abuso no Desenvolvimento do Sistema Nervoso: Uma Iniciativa nas Escolas de Ensino Fundamental e Médio

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Conscientização sobre os Efeitos das Drogas de Abuso no Desenvolvimento do Sistema Nervoso: Uma Iniciativa nas Escolas de Ensino Fundamental e Médio

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:Cristiane Ribeiro de Carvalho, Patricia de Souza Brocardo

 Resumo: Estudos demonstram que o uso de drogas de abuso na idade escolar merece atenção na sociedade, sendo uma das maiores preocupações da saúde pública. De acordo com o VI Levantamento Nacional sobre o consumo de drogas psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede pública de Ensino, realizado nas 27 capitais brasileiras em 2010, em Florianópolis, o consumo de drogas (exceto álcool e tabaco), uma vez na vida, foi de 37,5% em uma amostra de 1429 estudantes. Entre o total de estudantes da rede pública, o consumo de drogas psicotrópicas uma vez na vida foi de 10,8 % na faixa etária de 10 a 12 anos, aumentando com a faixa etária, sendo de 31,1 % para 13 a 15 anos e de 63,0 % para 16 a 18 anos. Outro aspecto interessante desse levantamento é que foram observadas diferenças por gênero no que diz respeito às classes de drogas psicotrópicas mais consumidas: a maior proporção de meninos relatou uso de drogas ilícitas, enquanto a maior proporção de meninas relatou uso de medicamentos sem prescrição. Essas diferenças se mantiveram nas escolas públicas e particulares (CARLINI et al., 2010). Além disso, estudos apontam que o consumo de álcool não apenas gera custos sociais, mas também acarreta problemas de saúde inestimáveis (EDWARDS et al., 2005; ANDRADE, 2019). Em Florianópolis, esse quadro é particularmente preocupante, visto que a cidade é a quarta capital com maior frequência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas entre mulheres (MALTA et al., 2018) e está entre as capitais com maior e está entre as capitais com maior percentual de mulheres (? 18 anos) que relataram consumir quatro ou mais doses de bebida alcoólica em uma mesma ocasião (BRASIL, 2018). Dentre as consequências do consumo de álcool por mulheres pode-se citar o aumento do consumo de bebidas alcoólicas entre gestantes. O consumo de álcool na gravidez causa danos no desenvolvimento do feto e pode ocasionar alterações anatômicas, anormalidades cognitivas e comportamentais permanentes. O termo Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF) compreende um vasto espectro de condições que provêm do consumo de álcool durante a gestação.

Título:  Tesouros no Lixo: Conscientização e Divulgação Cientifica em Química e Reciclagem de Eletrônicos para um Futuro Sustentável

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Tesouros no Lixo: Conscientização e Divulgação Cientifica em Química e Reciclagem de Eletrônicos para um Futuro Sustentável

Instituição:  UFSC

 Proponentes: Luis Henrique da Silveira Lacerda

Título:  O mundo microscópico das plantas vai às escolas  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  O mundo microscópio das plantas vai às escolas

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Ana Claudia Rodrigues, Makeli Garibotti Lusa, Fernanda Maria Cordeiro de Oliveira

 Resumo:  A anatomia vegetal é a área da botânica que contempla o estudo da morfologia interna das plantas, desde a formação do embrião até o desenvolvimento dos órgãos vegetativos e reprodutivos. Além disso, o estudo da anatomia vegetal é essencial para o entendimento da fisiologia, da ecologia e da taxonomia das plantas. Por muitas vezes a anatomia vegetal é referida como assunto “complexo” pelos professores, principalmente nas escolas de ensino fundamental e médio, sendo um conteúdo negligenciado dentro do ensino de ciências e biologia. Tal comportamento é compreendido pois, para mostrar o mundo interno das plantas se faz necessário bom suporte bibliográfico ilustrado, laminoteca de boa qualidade e aparelhos microscópicos para visualização das lâminas. Diante da realidade da maioria das escolas, principalmente públicas, tais instrumentos não são prioridades, tornando esse assunto totalmente inacessível aos estudantes. Desta forma, o presente projeto, contando em associação com outros dois projetos de extensão em andamento no Departamento de Botânica da UFSC, a saber: Laminoteca e Atlas Virtual de Anatomia Vegetal (SIGPEX 202119602) e Divulgando o mundo interno das plantas (SIGPEX 202119651), tem por objetivo oferecer atividades presenciais para estudantes de escolas de ensino básico de Florianópolis, levando assuntos referentes à anatomia vegetal para os estudantes, complementando de certa forma, essa lacuna de conhecimento. Para isso, escolas interessadas em participar do projeto receberão a nossa visita, onde apresentaremos materiais didáticos (maquetes/cartazes/jogos), o Atlas virtual (https://atlasvegufsc.wixsite.com/ufsc), bem como um conjunto de lâminas histológicas didáticas e microscópios de luz (caso a escola não tenha), para juntos mostrarmos um pouco do mundo microscópio das plantas. As atividades serão lideradas pelas docentes de anatomia vegetal do Departamento de Botânica da UFSC, com a participação de discentes do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, bem como de alunos da graduação que estejam vinculados ao evento de extensão. As atividades realizadas serão registradas e apropriadamente divulgadas à comunidade acadêmica e externa, através da página do Instagram @laveg_ufsc.

 Título:  Departamento de Física de Portas Abertas  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Departamento de Física de Portas Abertas

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Roseline Beatriz Strieder

 Resumo:  O “Departamento de Física de Portas Abertas” consiste em um conjunto de visitas monitoradas a laboratórios de ensino e pesquisa do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina, voltadas a grupos de estudantes do ensino médio acompanhados por seus professores. A iniciativa tem como objetivos promover a formação cultural e científica dos jovens, estimular o interesse por carreiras científicas e aproximar o público escolar de temáticas contemporâneas em ciência e tecnologia. Com duração média de 1h30, as visitas incluem apresentações sobre as pesquisas desenvolvidas nos laboratórios, interação com equipamentos e diálogo com estudantes de graduação, pós-graduação e cientistas. Neste trabalho, apresentamos os resultados dessa ação de extensão, destacando seus impactos formativos e o potencial de iniciativas de aproximação entre universidade e escola para o fortalecimento da cultura científica.

 Título:  Primeiro ano de ações do ProPICie  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  ProPICie: Projeto de Popularização e Incentivo à Ciência

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Luisa Mota da Silva

 Resumo:  Ações que divulguem e popularizem a ciência para crianças e jovens contribuirão positivamente para sua formação escolar, despertando o seu interesse pela busca do conhecimento científico. Para isso, é preciso que além dos trabalhos realizados nas bancadas de laboratório, também sejam adotadas medidas que aproximem os PPGs e as escolas. Diante deste cenário, o projeto de extensão denominado “ProPICie: Projeto de Popularização e Incentivo à Ciência” iniciou suas atividades práticas em 2024 com o objetivo de aproximar a comunidade, em especial jovens alunos do ensino médio público e privado de Florianópolis e Região Metropolitana, com a ciência desenvolvida dentro da UFSC e com outros temas científicos de interesse para a comunidade. Em resumo, no primeiro ano de criação do projeto, o projeto conseguiu atender 160 jovens, sendo 90% do público vindo de escolas de ensino médio e igualitariamente provenientes de escolas públicas e privadas, das cidades catarinenses de Florianópolis, São Bonifácio e Palhoça. Para atender tal público foram realizadas 3 intervenções, uma na SEPEX em novembro de 2024 com a realização de oficinas práticas, uma no Simpósio Anual de Farmacologia em maio de 2025 através de uma abordagem de gamificação e uma em outubro de 2025 com novamente uma abordagem prática para explicar o trabalho de um cientista para um grupo de alunos a pedido de uma escola. O projeto envolve a participação de docentes da UFSC, sob coordenação da Prof.ª Luisa Mota da Silva, do departamento de Farmacologia, e ampla participação de pós-graduandos e graduandos durante o preparo e execução das atividades. Diante do exposto, toda a equipe está satisfeita com as atividades ofertadas no primeiro ano do projeto, tendo recebido retornos positivos dos participantes. Contudo, contantes modificações para melhoria do projeto são planejadas através de reuniões mensais com a equipe.

 Título: Meninas na Ciência

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG: Meninas na Ciência

 Instituição: UFSC

 Proponentes: Gabriela Kaiana Ferreira, Camile Mocellin

O cenário para que mulheres e meninas acessem e construam uma carreira em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) é permeado por desafios e obstáculos. Na escola elas são pouco estimuladas a se interessarem por ciências por conta de crenças negativas sobre suas capacidades e expectativas compartilhadas na sala de aula e entre familiares. Nas fases seguintes acabam apresentando baixo desempenho em olimpíadas científicas e, à medida que o nível das competições aumenta, menor o seu número nas equipes. Por consequência, constatamos o baixo número de alunas  matriculadas em cursos de STEM e os maiores índices de evasão. À nível da pesquisa científica, os projetos coordenados por mulheres recebem menos recursos financeiros que os coordenados por homens. Projetos e pesquisas com o objetivo de identificar, valorizar e incentivar a participação de grupos sub representados em campos das ciências, são essenciais para problematizar estereótipos e combater preconceitos com relação à presença e atuação das mulheres nestes espaços, bem como compreender o modo pelo qual o gênero funciona na ciência e na sociedade. Nesse contexto, no âmbito do Edital 3/2024/PROEXT-PG 2024, o projeto de extensão Meninas na Ciência apresentou uma proposta com o objetivo de disseminar o conhecimento sobre trajetórias de mulheres em STEM, valorizando as contribuições destas para o desenvolvimento do conhecimento científico e analisando desafios e obstáculos para a sua permanência e ascensão na carreira. Este objetivo está sendo desenvolvido por meio da produção de materiais e jogos, realização de palestras para professores e outros profissionais do setor de educação da região de Florianópolis, por meio de treinamentos e oficinas para estudantes do ensino fundamental e médio visando a divulgação de conhecimento sobre as trajetórias de mulheres em STEM. Dos resultados esperados, podem ser citados a divulgação de conhecimento sobre trajetórias de mulheres cientistas, estimulando o interesse de estudantes da educação básica por essas áreas e a contribuição para a formação teórica e metodológica de professores/as para a aplicação de atividades sobre mulheres cientistas.

 EIXO TEMÁTICO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

 Título:  Experiment@ – Cultura Maker na Educação  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Projeto: Experiment@ – Santa Rosa do Sul

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Evandro Machado Pereira, Juarez Bento da Silva, Simone Meister Sommer Bilessimo, Lorenzo Mendes Rodrigues, Sara Ferraz Mateus, Isadora da Silva Germann, Rufino Sérgio Panzo, Arthur Garcia Guimarães, Letícia Torcheto Ramos, Marina Carradore Sérgio

 Resumo:  O Experiment@ é uma iniciativa de extensão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), coordenada pelo Laboratório de Experimentação Remota (RExLab). O projeto visa integrar tecnologias digitais, criatividade e abordagens inovadoras na Educação Básica, construindo uma rede colaborativa entre a universidade, escolas, professores e alunos. O projeto tem como objetivo promover a inovação pedagógica na Educação Básica por meio da integração de tecnologia, criatividade e metodologias ativas, além de capacitar professores para o uso de tecnologias digitais e da cultura maker em sala de aula, fortalecendo a conexão entre a universidade e a comunidade escolar, criando um ciclo de pesquisa, ensino e extensão. O projeto se fundamenta em conceitos contemporâneos da educação, alinhando-se à Educação 5.0, que é criativa, inclusiva e conectada ao futuro. Sua base teórica e prática está na Cultura Maker, que defende o “aprender fazendo”, e na abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), que promove a aprendizagem interdisciplinar e baseada em projetos. A iniciativa também valoriza o uso de tecnologias abertas, como software livre e Recursos Educacionais Abertos (REA), para democratizar o acesso ao conhecimento. A metodologia do Experiment@ é centrada na ação e na colaboração, organizada em dois eixos principais, sendo o primeiro eixo a capacitação docente onde são ofertados cursos de capacitação gratuitos e certificados para professores da Educação Básica. Nestes cursos, os educadores aprendem sobre Cultura Maker, prototipagem, robótica e Internet das Coisas (IoT). Além do segundo eixo que permite os alunos colocarem a mão na massa, utilizando do material desenvolvido para serem protagonistas do seu processo de ensino aprendizagem.

DIA: 06/11

HORÁRIO: 13H30

LOCAL: Sala 2 D217 – Miniauditório DSS, Bloco D, 2º andar, CSE, UFSC

 EIXO TEMÁTICO: CULTURA, ARTES E COMUNICAÇÃO

Título:  Objetos de Arte Contemporânea da escola  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE OBJETOS PEDAGÓGICOS DE ARTE CONTEMPORÂNEA NA ESCOLA.

 Instituição:  UDESC

 Proponentes:  Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva – MESC-UDESC, Emiliana Pagalday Fernández, Raquel Alberti, Carla Mara Nardes Biscorovaine, Nayara Brida Zandonai Schmauch

 Resumo:  A proposta apresentou como objetivo desenvolver atividades de extensão que propiciaram o desenvolvimento e utilização de objetos pedagógicos de arte na escola na perspectiva da educação inclusiva, com base nos fundamentos teóricos-metodológicos da pedagogia histórico-crítica. No tripé Ensino, pesquisa e extensão o projeto é articulado com o projeto de pesquisa “ESPAÇOS EXPOSITIVOS DE ARTE CONTEMPORÂNEA, DIÁLOGOS COM AMBIENTES VIRTUAIS DE FORMAÇÃO” financiado pelo Cnpq, edital Universal, 2021 e Edital FAPESC, 2024, que enfatizam o Ensino da Arte Contemporânea.Partimos de um conceito de arte contemporânea como produto humano criador, mais desenvolvido da produção histórica. Igualmente defendemos os conteúdos emancipadores na escola a partir do conceito de educação defendido por Demerval Saviani. Nos fundamentamos em Adolfo Sanches Vazquez, Ernest Fisher e Georg lukacs no campo clássico do pensamento sobre a arte, clássico aqui entendido como aqueles conhecimentos do passado mais necessários para compreender a atualidade. Os conteúdos de arte abordados se relacionam com a pesquisa de mestrado de três professoras de arte do Programa ProfArtes-UDESC, a metodologia partiu do trabalho pedagógico das professoras mestrandas de arte que fomentaram a criação dos Objetos pedagógicos conceito desenvolvido para o Ensino da Arte por Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva no livro Objetos Pedagógicos para o Ensino de Arte (2010). Na segunda fase forma realizadas um conjunto de oficinas para disseminar os objetos criados e as abordagens utilizadas. Igualmente contribui para a qualificação do trabalho pedagógico nas escolas básicas, mediante a organização de oficinas (34 horas) em diferentes cidades. Também é proposto na metodologia a realização de oficinas no Museu da Escola Catarinense – MESC_UDESC, Os objetos pedagógicos também foram experimentados em forma de oficinas com os alunos das escolas municipais , das três mestrandas para utilização dos objetos pedagógicos produzidos, ampliando as aprendizagens sobre arte contemporânea e sua historicidade. Para finalizar na última etapa estão propostas uma exposição de vinte e duas fotografias a serem expostas no átrio do Museu da Escola Catarinense (UDESC) e um livro a ser distribuído gratuitamente para professores.

 EIXO TEMÁTICO: SUSTENTABILIDADE, MEIO AMBIENTE E TERRITÓRIOS

 Título:  Solo e Sociedade  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Solo e Sociedade

 Instituição:  UDESC

 Proponentes:  Camila De Matos Vieira

 Resumo:  O Projeto de extensão Solo e Sociedade, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo, tem como objetivo desenvolver atividades de disseminação e aplicação do conhecimento em ciência do solo em escolas de educação básica e em organizações sociais na região de atuação da UDESC, com foco em educadores e estudantes. Os alunos de pós-graduação promovem oficinas, cursos de capacitação, visitas técnicas e eventos de curta duração, explorando o papel dos solos na sociedade e ressaltando a importância do conhecimento e da preservação desse recurso natural essencial para a sustentabilidade dos seres vivos e o desenvolvimento sustentável. O Solo e Sociedade fortalece as relações entre ensino, pesquisa e extensão, bem como os vínculos já existentes entre a comunidade acadêmica e outras instituições e atores sociais. A participação ativa dos estudantes de pós-graduação em ciência do solo permitirá que eles desenvolvam uma formação cidadã, comprometida com o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida da população.

 Título:  Quando a Universidade Encontra o Mar: A Transformação Pela Cultura Oceânica  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  UFSC, um oceano de conhecimento

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Bárbara Segal, Tainá Luchese Gaspar, Hanna Pontes Passos, Andrea Green Koettker

 Resumo:  O Projeto “UFSC – Um Oceano de Conhecimentos” surgiu no ano de 2024 após a identificação de uma ascensão na demanda por ações de extensão advinda das escolas, mais especificamente dentro da temática oceânica. A proposta interlaboratorial envolve os espaços de pesquisa marinha dentro da Universidade Federal de Santa Catarina, vinculados à quatro Programas de Pós Graduação: em Ecologia; em Geografia; em Fungos, Algas e Plantas e em Oceanografia. Desta maneira foi construída a parceria entre laboratórios alocados nesses programas: Lab. de Ecologia de Ambientes Recifais (LABAR/ECZ), Lab. de Crustáceos e Plâncton (LCP/EZC), Lab. de Biogeografia e Macroecologia Marinha (LBMM/ECZ), Lab. de Mergulho Científico e Cefalópodes (LAMECE/ECZ), Lab. de Biologia de Teleósteos e Elasmobrânquios (LABITEL/ECZ), Lab. de Ecologia Humana e Etnobotânica (ECOHE/ECZ), Lab. de Mamíferos Aquáticos (LAMAQ/ECZ), Lab. de Ficologia (LAFIC/BOT) e Lab. de Gestão Costeira Integrada (LAGECI/GCN). Esses abordam diferentes âmbitos e linhas de pesquisa da ecologia marinha, possibilitando aos alunos uma compreensão integral da importância do oceano, através da Cultura Oceânica, essencial à formação cidadã destes no contexto litorâneo em que a região está inserida. A iniciativa objetiva o fortalecimento da relação comunidade-academia, rompendo as barreiras territoriais da UFSC e visando levar a ciência e troca de conhecimentos para todos os cidadãos envolvidos nos meios escolares, priorizando instituições públicas municipais e estaduais de ensino, bem como espaços periféricos na Grande Florianópolis com acesso restrito às ações de extensão universitária. O projeto preza, portanto, pela valorização do elo entre a comunidade local e o Oceano, buscando a ampliação de práticas de ensino aprendizagem que enriqueçam essa relação, transformando a experiência dos participantes com a Cultura Oceânica. Nesse contexto, as ações de extensão seguem dois eixos principais. Primeiramente, as visitas mensais das escolas à universidade, propondo a expansão do ensino para além dos ambientes usuais dos alunos e proporcionando assim experiências únicas de presença no ambiente acadêmico. As excursões mensais são organizadas nos laboratórios integrantes, responsáveis por recepcionar os visitantes, que geralmente conhecem de três a cinco espaços de pesquisa da UFSC em cada visita. Assim, criou-se uma dinâmica de rotação entre os laboratórios encarregados de cada ação, de maneira que cada turma visitante tenha a oportunidade de conhecer diversas linhas de pesquisas em ambiente marinho realizadas na UFSC. Tais ações tem participação imprescindível da Escola do Mar de Florianópolis, que articula a visita e faz a mediação entre a escola visitante e o projeto. Já no que tange à metodologia de ensino nas visitas, os alunos interagem com organismos trabalhados e pesquisas realizadas em cada um dos espaços, através de materiais didáticos, maquetes e jogos interativos na temática de cada laboratório. Em segundo lugar, a realização semestral de eventos educativos com a comunidade escolar em espaços públicos da Grande Florianópolis, dando preferência aos locais próximos de escolas distantes da universidade. Em tais ações os laboratórios se deslocam para determinadas regiões levando parte da estrutura alocada na UFSC, proporcionando a interação com a pesquisa mesmo fora dos limites da UFSC. A interação acontece por meio de atividades interativas, jogos e momentos lúdicos como meio de introduzir trabalhos de pesquisa marinha e seus resultados aos alunos. Até o presente momento, duas ações externas foram concluídas. A primeira, realizada no bairro Serraria, em São José através da parceria com a Escola do Mar de São José, contou com a participação de 136 crianças na faixa etária de 6 a 12 anos. A segunda ação externa foi realizada através de uma intervenção lúdica do projeto no evento Lagoa em Cena, iniciativa itinerante de feira de ciências, cinema e roda de conversa, desenvolvida pela Coordenadoria de Sustentabilidade e Acessibilidade da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina em parceria com a Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Durante a ação, que ocorreu em harmonia com a Semana Mundial do Meio Ambiente. Ao todo, o projeto proporcionou em menos de um ano, mais de 20 ações de extensão, transformando a relação de 680 crianças com a cultura oceânica. Cabe registrar que 120 dos alunos foram beneficiados com essas ações por meio de eventos na estrutura de “Feira de Ciências”, como por exemplo a SEPEX 2024, que contou com um estande rotativo entre os laboratórios participantes do projeto. Dos alunos atendidos, 81,7% eram matriculados em escolas públicas. Entretanto, ressaltamos a facilidade de unidades de ensino privadas no acesso às ações em comparação com às escolas públicas, principalmente pela demanda orçamentária para realizar o deslocamento até a UFSC. Seguindo nessa análise, percebemos também que 63,6% das turmas recebidas pelo projeto estavam no ensino fundamental I, levantando reflexões sobre a necessidade de abordar a temática oceânica nessa fase de aprendizado. Por fim, destacamos que 544 alunos visitaram a universidade e 136 participaram de ações de extensão fora da UFSC. É importante registrar também a ocorrência de visitas da escola EJA Costeira do Pirajubaé e Rio Tavares demonstrando a necessidade da implementação da cultura oceânica para todas faixas etárias. Por fim destacamos também a visita da comunidade surda à UFSC, através da parceria entre o projeto e a secretaria municipal de educação de Florianópolis, que consolidou o evento “Sinaliza Floripa”. O evento contou com a participação de mais de 60 pessoas incluindo estudantes, professores e pais de crianças e estudantes surdos da rede. A consolidação e desenvolvimento do projeto “UFSC – Um Oceano de Conhecimentos” reafirma o papel social da Universidade na democratização do saber científico e na formação de cidadãos conscientes sobre a importância do oceano para a vida no planeta. Ressalta-se ainda a abrangência das demandas, incluindo diversas faixas etárias e regiões da Grande Florianópolis que ainda estão dispostos numa gama variável de diversidades funcionais, o que reafirma a necessidade da manutenção, continuidade e aperfeiçoamento das ações de extensão e cultura oceânica para com o público da região. Como desdobramento futuro das atividades, destaca-se a criação de um Grupo de Trabalho (GT) voltado à avaliação do efeito das ações a partir da perspectiva dos professores das escolas participantes, buscando aprimorar continuamente a qualidade pedagógica e a relevância social do projeto, além de fomentar a continuidade da implementação da cultura oceânica na rede de ensino da Grande Florianópolis.

Palavras-chave: Letramento Oceânica; Extensão Universitária; Educação Ambiental; Divulgação Científica

 Título:  Estimulando a alimentação saudável e sustentável em escolas de educação básica, por meio de Células de Consumidores Responsáveis  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Estimulando a alimentação saudável e sustentável em escolas de educação básica, por meio de Células de Consumidores Responsáveis

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Sullen Secchi Martinelli, Nathalya Andrade da Silva, Gabriela de Ávila Nunes, Maria Ketully Neyane Alves Pinto

 Resumo:  O projeto aborda o tema da alimentação saudável e sustentável, sensibilizando e mobilizando professores, estudantes e famílias para o consumo de alimentos agroecológicos e orgânicos, e para adquirir os mesmos diretamente de agricultores familiares. A iniciativa baseia-se em uma tecnologia social desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas da UFSC, pelo Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (LACAF/UFSC), denominada Células de Consumidores Responsáveis (CCR). Criadas em 2017, as CCRs têm como propósito promover a venda direta de alimentos agroecológicos por meio da organização coletiva de consumidores e agricultores, fundamentadas em princípios de proximidade, autogestão, solidariedade e corresponsabilidade. Com a parceria do Programa de Pós-Graduação em Nutrição e do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE), o presente projeto visa implantar CCRs em escolas, ampliando o alcance dessa tecnologia social. Além de funcionarem como pontos de abastecimento de alimentos saudáveis, as escolas tornam-se espaços de educação alimentar e nutricional, formação cidadã e engajamento comunitário, ampliando o alcance da agroecologia para além dos agricultores e consumidores já organizados. A operacionalização do projeto ocorre em etapas: prospecção de escolas interessadas, palestras sobre alimentação e saúde e sobre a tecnologia social das CCR, formação de grupos de consumidores; e realização de oficinas culinárias com professores, estudantes e familiares, para o desenvolvimento de habilidades culinárias e promoção de práticas alimentares saudáveis e sustentáveis. Ao todo, já foram abertas seis CCR em escolas, envolvendo aproximadamente 218 famílias consumidoras e 69 famílias agricultoras. As tratativas para implantação do projeto nas escolas iniciaram-se em agosto de 2024, com uma reunião entre representantes da Secretaria de Educação e da Escola de Educação Básica Professor José Basílico, primeira instituição a manifestar interesse em aderir à proposta. Após encontros de sensibilização com a comunidade escolar, tiveram início as entregas de cestas agroecológicas realizadas pelo grupo Flor do Fruto, de Biguaçu. A CCR Basílico funcionou por alguns meses, mas foi temporariamente suspensa. A CCR Enseada do Brito, implantada em maio de 2025, surgiu a partir da iniciativa de uma consumidora vinculada a outra célula, que identificou o potencial de implantação do modelo na Escola Estadual José Maria Cardoso da Veiga, onde atua profissionalmente. O processo envolveu a mobilização da comunidade escolar e a realização de encontros sobre alimentação saudável, agroecologia e funcionamento das CCRs. Com o apoio da CooperFamília no abastecimento, a experiência reforça o papel das escolas na promoção de sistemas alimentares sustentáveis e solidários, envolvendo 11 famílias consumidoras. Em julho de 2025, foi implantada a CCR Gravatal – Escola Fonte da Vida, resultado da articulação entre a coordenação dos agricultores da CooperFamília, consumidores locais e membros da comunidade escolar do Ecopark, em Termas do Gravatal. A iniciativa fortaleceu práticas de sustentabilidade já existentes na escola, promovendo a integração entre agricultores e consumidores e estimulando ações de educação alimentar e ambiental. Atualmente, a célula conta com 24 consumidores ativos. A CCR Educandário Santa Catarina, implantada em setembro de 2025, já possuía experiências com hortas e compostagem, ampliou essas práticas por meio de atividades de sensibilização e formação, reunindo 24 consumidores. Reativada em outubro de 2024, a CCR IFSC Coqueiros, originalmente criada em 2018, retomou suas atividades por meio de parceria entre a AGRODEA e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), após um período de inatividade decorrente da perda do espaço de partilha. A reativação reforçou o compromisso institucional com o consumo responsável, o fortalecimento da agricultura familiar e a valorização da produção agroecológica local. Adicionalmente, a Escola da Fazenda segue com a CCR operante desde 2018. Essas experiências evidenciam o potencial das escolas como espaços privilegiados de integração entre educação alimentar, consumo responsável e agroecologia, contribuindo para o fortalecimento de redes locais e a promoção de práticas sustentáveis no território catarinense. Após a implantação das Células de Consumidores Responsáveis (CCRs), o projeto prevê a realização de oficinas culinárias voltadas à promoção da alimentação saudável e sustentável. Essas atividades têm como propósito desenvolver habilidades culinárias, estimular o consumo de alimentos agroecológicos e aprofundar o vínculo entre as escolas e os agricultores familiares. O público-alvo das oficinas abrange os escolares das instituições participantes do projeto e os responsáveis pelas famílias consumidoras. As oficinas realizadas nas escolas encontram-se em fase de organização. Inicialmente, é conduzida uma avaliação das condições físicas e estruturais de cada local, a fim de identificar as adaptações necessárias para o adequado desenvolvimento das atividades, considerando as especificidades de cada contexto e público. Para os adultos representantes das famílias de consumidores, também está prevista a realização de oficinas no Laboratório de Técnica Dietética do Departamento de Nutrição da UFSC, proporcionando um ambiente estruturado para o aprendizado prático. Paralelamente, o grupo segue prospectando novas escolas e agricultores parceiros, com o objetivo de ampliar a implantação das CCRs e fortalecer as redes locais de abastecimento agroecológico e de educação alimentar sustentável. O projeto envolve docentes e discentes da graduação e da pós-graduação, que participam das atividades de pesquisa, extensão e acompanhamento técnico-pedagógico das células. A participação discente é fundamental para o desenvolvimento das ações educativas e para o fortalecimento do caráter interdisciplinar da proposta. As experiências já desenvolvidas demonstram o potencial das escolas como espaços de integração entre educação alimentar, agroecologia e consumo responsável, consolidando as CCRs como tecnologias sociais voltadas à promoção da saúde, da sustentabilidade e da cidadania no território catarinense.

Palavras-chave: alimentação saudável; agroecologia; consumo responsável; agricultura familiar; educação alimentar.

 EIXO TEMÁTICO: SAÚDE, BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA

 Título:  Percepção lúdico-didático nas Práticas Transdisciplinares: do contexto clínico ao educacional.  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Práticas Transdisciplinares: do contexto clínico ao educacional

 Instituição:  UFSC

 Proponentes: Ana Paula Santana, Muyara dos Santos, Aline Miguel da Silva dos Santos, Thais Grah, Márcio Roberto Almeida Pina, Janaína Quintino, Flávia Nayara da Silva Gomes, Charles Schnorr

 Resumo:  Esse relato é sobre as experiências e práticas transdisciplinares no contexto clínico com crianças e seus familiares no projeto de extensão do Departamento de Fonoaudiologia da UFSC, que busca integrar a atuação fonoaudiológica em diferentes esferas, da clínica à educação, visando uma formação mais abrangente dos alunos e o desenvolvimento de práticas inovadoras e integradas. Além de fonoaudiólogos, atuam também acadêmicos/ profissionais de psicologia, educação física, pedagogia, intérprete de Libras, psicopedagogia, fisioterapia, terapia ocupacional e linguística. Essa equipe atua de forma integrada, pois são áreas que se dedicam ao trabalho terapêutico e educacional visando uma educação inclusiva e uma sociedade mais democrática. Geralmente os atendimentos são realizados de forma isolada e fragmentada, baseado em uma visão já cristalizada de uma concepção cartesiana de conhecimento, fragmentando discussões relacionadas à saúde e à educação. Diferente das tradicionais abordagens, nosso objetivo é realizar práticas transdisciplinares, tendo como ponto de partida a Fonoaudiologia e sua inter-relação com as demais áreas da educação e saúde. A metodologia empregada envolve práticas transdisciplinares no contexto educacional e clínico em grupo e individuais realizadas por diferentes profissionais conforme supracitado. Os resultados nos apontaram que, essa abordagem transdisciplinar e lúdica vem favorecendo uma relevante mudança no olhar fragmentado e unívoco que já está cristalizado nas ciências humanas e da saúde. A transdisciplinaridade convocou os acadêmicos/ profissionais/ estagiários a romperem com a visão centrada exclusivamente na sua área e passaram a estabelecer relações entre outras áreas sem, contudo, perder seu próprio objeto de observação. Nesse sentido, a soma de profissionais não significou apenas a soma das partes, mas a multiplicação de saberes sobre um complexo “objeto”: o sujeito e seu sintoma nas suas interações sociais. Nossas ações na clínica escola da fonoaudiologia da UFSC oferecem atendimento gratuito à comunidade, com atividades supervisionadas envolvendo diversos profissionais já citados e também diferentes áreas da fonoaudiologia para todas as faixas etárias. No caso de nosso projeto, vamos relatar a experiência com seis crianças na faixa etária entre 4 e 12 anos e seus familiares, sendo que, os encontros foram semanais e ocorreram durante 8 meses no último ano. Nossas ações tiveram como objetivo suplementar mostrar que o lúdico é fundamental para a interação social e o desenvolvimento das crianças, especialmente aquelas que apresentavam algum tipo de transtorno de linguagem, pois permite a expressão de emoções, a construção de laços afetivos e a aquisição de habilidades sociais de forma concreta e cultural. Através de jogos colaborativos e brincadeiras juntos com suas famílias e os acadêmicos, elas conseguiram praticar a comunicação, a cooperação e o respeito na elaboração e construção de regras, tornando a convivência mais inclusiva e eficaz. Além dos aspetos de interação lúdica, também foram desenvolvidas algumas oficinas de prevenção e primeiros socorros para os profissionais e familiares, despertando todos para uma cultura prevencionista frente aos riscos e ameaças no ambiente doméstico. Ao final das oficinas além dos relatórios individuais das crianças, também foram realizadas conversas coletivas com os pais, de forma a compartilhar suas experiências exitosas e ampliar seus repertórios didáticos colaborativos para com as crianças, seus familiares e demais colegas de convívio doméstico e escolar. Vale ressaltar que o trabalho não se limita às ações na clínica, mas também em ações desenvolvidas e oferecidas para profissionais que atuam nas escolas e creches municipais de Florianópolis, estendendo essas formações e discussões para o ambiente escolar. Assim a equipe organizada pelas coordenação técnica e acadêmica dos professores orientadores disponibiliza as formações continuadas aos profissionais da Prefeitura Municipal de Florianópolis, tudo de forma gratuita e dentro dos princípios didáticos e democráticos da proposta inclusiva da referida Rede.

 Título:  Semeando ciência, colhendo saúde  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Semeando ciência, colhendo saúde.

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Carlos Zárate-Bladés, Lucas Soveral, Izadora Frizzo de Asunção, Ana Paula Borges

 Resumo:  Nosso projeto visa repassar para os alunos de ensino fundamental e para os jovens de ensino médio como uma boa nutrição age sobre os microrganismos que moram nos intestinos e por sua vez, como esses micro-organismos são importantes para estimular e treinar o sistema imunológico ; resultando uma boa saúde. O projeto usa elementos contrastantes, de forma a exemplificar como uma nutrição de má qualidade altera os microrganismos comensais , o sistema imune , resultando em doenças .

Título:  Educação e promoção da saúde: questões emergentes e combate à desinformação  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Educação e promoção da saúde: questões emergentes e combate à desinformação

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Felipa Rafaela Amadigi

 Resumo:  O projeto “Educação e Promoção da Saúde: Questões Emergentes e Combate à Desinformação” é uma iniciativa dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Enfermagem, Gestão do Cuidado de Enfermagem e Informática em Saúde, desenvolvida em escolas municipais com o objetivo de promover práticas saudáveis entre estudantes, educadores e familiares. As ações foram organizadas em dois eixos principais: a importância da vacinação e questões emergentes em saúde, como saúde mental, nutrição, atividade física e prevenção de doenças. De forma transversal, o projeto enfrentou o desafio da desinformação, reconhecida como um obstáculo à promoção da saúde coletiva. As atividades foram conduzidas por meio de oficinas educativas, campanhas escolares e parcerias com conselhos escolares, associações comunitárias e serviços públicos de saúde e educação. A experiência vem fortalecendo a integração entre universidade e comunidade, contribuindo para o empoderamento da comunidade escolar e promovendo mudanças positivas na compreensão e prática do cuidado em saúde.

Título: Inserção do ensino médio em atividades de extensão, ensino e pesquisa nos Centros CCB, CCS, CTC e CFH

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG: Inserção do ensino médio em atividades de extensão, ensino e pesquisa nos Centros CCB, CCS, CTC e CFH

 Instituição:  UFSC

 Proponentes: Fátima Regina Mena Barreto Silva

 Resumo: Este projeto tem como objetivo geral inserir o capital humano da pós-graduação como meio de disseminação do conhecimento técnico-científico, qualificar a interrelação entre discentes, docentes e comunidade com consequente impacto na formação dos estudantes de pós-graduação, bem como, disseminar as atividades de rotina de diferentes centros da UFSC para os alunos do ensino médio da escola indígena ITATY do morro dos cavalos e para os alunos do ensino médio do IFSC-Joinville. O que se espera é uma troca técnico-científica bilateral entre a UFSC e as diferentes comunidades acadêmicas através de visitas técnicas, cursos e eventos.  Para tanto, visitas técnicas coordenadas de professores e alunos na UFSC, na aldeia (apresentar e explicar o projeto para as lideranças das aldeias) e no IFSC (apresentar em detalhes o projeto) com o objetivo de conhecer e reconhecer, o corpo acadêmico, os ambientes e os temas que serão abordados durante o período total do projeto, através de visitas in loco. Os cursos serão conduzidos de forma síncrona e presencial com as atividades práticas dos respectivos laboratório UFSC envolvidos, otimizando as atividades práticas de rotina com as diferentes oficinas oferecidas (oficina da diabetes e saúde; oficina da obesidade; oficina do câncer; oficina dos agrotóxicos; oficina da respiração celular; oficina dos insetos; oficina da corrente elétrica em células; oficina da nutrição; oficina do metal pesado; oficina da depressão e saúde mental; oficina do choque elétrico e oficina da segurança elétrica). Os eventos serão conduzidos oportunamente àqueles oferecidos na UFSC como o a Semana do Meio Ambiente (Maio), Semana da Nutrição (Agosto), Semana acadêmica das Engenharias Elétrica e Eletrônica (SAEEL) (Agosto 2024), Semana da Biologia (Setembro), XIX e XX Jornada Acadêmica de Farmácia (Setembro), o SEPEX (Outubro) que serão atividades guiadas através da participação direta dos alunos dos respectivos PGs. Concomitantemente a estas visitas será elaborado (pelas 3 partes: indígenas, UFSC e IFSC), um esquema das atividades para a construção de uma cartilha “com o pé na ciência e tecnologia” em formato gráfico que será editada nas línguas guarani e português e um esquema de protótipos de equipamentos “o que de fato se faz” que poderão ser desenvolvidos e utilizados nestas grandes áreas envolvidas.

EIXO TEMÁTICO: DIREITOS HUMANOS, DIVERSIDADE E INCLUSÃO

 Título:  Do desenho aos resultados: o Projeto de Educação Democrática  

 Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Projeto de Educação Democrática e Combate à Desinformação

 Instituição:  UFSC

 Proponentes:  Isabella Braz Antonello

 Resumo:  A apresentação abordará desde os critérios de escolha das escolas e desenho metodológico do Projeto de Educação Democrática e Combate à Desinformação, até a mensuração dos efeitos do programa a partir do seu desenho quase-experimental. Apresentaremos, também, Projetos de Lei de autoria dos alunos, e depoimentos dos professores. Dessa forma, demonstraremos os impactos formativos e sociais do Projeto, mas também daremos exemplo de como aplicar um desenho quase-experimental em programas educativos para mensurar seus efeitos. Assim, conectamos ensino, pesquisa e extensão aplicados com base em metodologias científicas.

DIA: 07/11

HORÁRIO: 9H

LOCAL: 209 – Sala de aula, 2º Andar, Bloco B, CSE, UFSC

EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO CIENTÍFICA E ENSINO DE CIÊNCIAS

 

 Título:  Cursos de férias: vivenciando o método científico  

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Ciência e Educação II: desenvolvendo competências para aplicação do método científico na Educação Básica

Instituição:  UFSC

Proponentes:  Evelise Maria Nazari, Franceli Rodrigues Kulcheski, Norma Machado da Silva

Resumo:  A equipe proponente deste projeto atua diretamente com professores e estudantes da rede pública de Educação Básica desde 2013, através dos projetos Novos Talentos/CAPES e Rede Nacional de Educação e Ciência (RNEC). A partir de 2017, a equipe também passou a atuar junto ao Mestrado Profissional em Ensino de Biologia (PROFBIO), o que possibilitou a ampliação de sua atuação, com maior integração de professores da rede pública de ensino. Em 2021, a equipe proponente deste projeto teve seu recredenciamento na RNEC aprovado para o triênio 2021-2024. O projeto tem por objetivo promover a aproximação entre a academia (UFSC) e as escolas públicas de Educação Básica da Grande Florianópolis, oportunizando aos estudantes e professores destas instituições, o acesso ao conhecimento científico. As ações do projeto pretendem ainda estimular o interesse dos estudantes da Educação Básica para carreiras tecnológicas e científicas, através dos cursos de férias para estes estudantes. Entendemos que a integração proposta neste projeto, entre academia e a Educação Básica, possibilitará a inclusão de novas ações de extensão, alinhadas à alfabetização científica e à popularização da Ciência, o que sem dúvida contribuirá para a adoção de práticas investigativas inovadoras no ensino de Ciências e Biologia.

 

 Título:  Projeto Fritz Müller: Na Trilha dos Medicamentos  

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Projeto Fritz Müller: Na Trilha dos Medicamentos

Instituição:  UFSC

Proponentes:  Áurea Elizabeth Linder, Eduardo Souza Silva, Maria Cristina Tonussi

Resumo:  O Projeto Fritz Müller, de extensão universitária, nasceu com o propósito de despertar e manter nos jovens o encantamento pela descoberta, o amor pela natureza e o desejo de preservar nossas florestas. O projeto integra professores, alunos e pós-docs do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Biologia e do Programa de Pós-Graduação (acadêmico e profissional) em Farmacologia, além de alunos do Curso de Graduação em Biologia, visto que o projeto é um componente curricular de extensão neste curso. Atividades em meio à natureza, como corridas de orientação, despertam a curiosidade sobre biologia nos participantes, contribuindo para a valorização do espaço geográfico onde estão inseridos. Essa atividade foi desenvolvida inicialmente pelo nosso projeto de extensão e aplicada em sete edições durante 2019 no Campo Escoteiros Paulo dos Reis, localizado no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis (https://projetofritzmuller.ufsc.br). Para o primeiro edital do PROEXT-PG, o Projeto Fritz Müller desenvolveu a trilha farmacobotânica para ser implantada no Parque Municipal do Córrego Grande, estabelecendo um equipamento permanente para as atividades de divulgação científica e ambiental do projeto de extensão, direcionado a estudantes dos ensinos fundamental e médio. A trilha farmacobotânica é uma atividade de campo em que os participantes são desafiados a identificar espécies botânicas da Mata Atlântica e suas propriedades farmacológicas e medicinais, em diferentes locais do parque, usando pistas indicadas em um mapa. Inicialmente, as trilhas já existentes no parque foram mapeadas, e cinco foram selecionadas para a colocação das placas. Nessas trilhas, onde são realizadas as corridas de exploração, placas identificam inúmeras plantas nativas, informando suas propriedades farmacológicas e medicinais. Os participantes, divididos em grupos, devem anotar algumas informações presentes nessas placas, que estão localizadas junto aos espécimes. As trilhas partem de um ponto central no parque, próximo a instalações abrigadas, onde a equipe organizadora pode montar sua “base de operações” durante a execução da atividade. Neste local, as equipes participantes recebem instruções e os mapas para cada trilha. Os participantes são divididos em grupos, e todos os membros devem permanecer juntos durante toda a atividade. O grupo recebe inicialmente um mapa de orientação indicando o local da primeira trilha a ser percorrida. Após a autorização da comissão organizadora, o grupo deve se guiar pelo mapa, deslocar-se pela trilha indicada e procurar a planta correspondente ao desenho em seu mapa, identificá-la e buscar as informações solicitadas. Cumprida a identificação, retornam à base (local de partida), entregam o mapa com as anotações e recebem o mapa 2 com a indicação de outra trilha e outra planta a ser encontrada. O procedimento se repete até o grupo completar as cinco trilhas propostas. Ao receber o mapa com as anotações do grupo, a comissão organizadora registra os acertos e o tempo gasto em cada etapa, calculando assim o tempo total ao final. Foram produzidas 40 placas de identificação seguindo o padrão da identidade visual adotada para os parques administrados pela FLORAM, contendo imagens originais dos espécimes, nome popular, nome científico, texto com as principais características ecológicas e medicinais, um QR Code apontando para uma página do projeto com dados adicionais sobre o espécime, e os logos da UFSC, PROEXT-PG CAPES, Projeto Fritz Müller, Floram e Prefeitura Municipal de Florianópolis. A produção dessas placas foi precedida por um estudo com especialistas em identificação botânica dos espécimes presentes no próprio parque onde a atividade foi implantada. Este estudo envolveu uma aluna de graduação em biologia da UFSC, orientada por uma docente ligada ao Projeto e coorientada por um docente do Departamento de Botânica da UFSC. O resultado também gerou um trabalho de conclusão de curso e três guias ilustrados para identificação de cerca de dez espécimes botânicos de maior relevância nos Parques Municipais do Córrego Grande, da Lagoa do Peri e no Parque Estadual do Rio Vermelho. A atividade na trilha é complementada por sessões didáticas curtas (máximo de 20 minutos) para a compreensão de termos científicos e médicos encontrados nas placas de identificação, e para a discussão sobre poluição ambiental por fármacos e o uso racional de medicamentos e produtos naturais. Isso é feito por meio de ferramentas didáticas desenvolvidas por professores e alunos do projeto e disponibilizadas na página do mesmo. Os guias, nas versões impressa e digital, são utilizados em atividades de leitura e também distribuídos nas escolas, garantindo grande acessibilidade, a fim de estimular a visitação investigativa não somente no Parque do Córrego Grande, mas também nos principais parques de Florianópolis.

 

 EIXO TEMÁTICO: SAÚDE, BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA

 

 Título: Divulgação das Ciências Farmacêuticas 

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Divulgação das Ciências Farmacêuticas 

Instituição: UFSC

Proponentes: Lilian Sibelle Campos Bernarde, Mareni Rocha Farias

 

A Farmácia envolve uma das ciências mais antigas do mundo. As atividades privativas do profissional farmacêutico, ou seja, aquelas que somente este profissional pode desempenhar são todas aquelas inerentes aos fármacos e medicamentos para uso humano, incluindo funções de dispensação, produção de medicamentos para uso humano, execução ou supervisão de processos e métodos farmacêuticos ou de natureza farmacêutica. Além destas, o farmacêutico pode atuar em vários outros âmbitos como análises clínica e de alimentos, toxicologia, cosmetologia, etc. O projeto tem como objetivo divulgar o curso de Farmácia da UFSC, as áreas de atuação do profissional farmacêutico, os diferentes projetos de pesquisa que são realizados nos Programas de Pós-graduação em Farmácia e Pós-graduação em Assistência Farmacêutica e também promover divulgação de conhecimento científico para a sociedade. As atividades (palestras, seminários, feiras, elaboração de material didático-pedagógico e midiático) são planejadas, organizadas e realizadas pelos docentes e discentes dos cursos de Pós-Graduação em Farmácia e Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica em conjunto com discentes do curso de graduação em Farmácia. O público alvo são alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e privadas de Florianópolis e região. Com o desenvolvimento do projeto, espera-se levar conhecimento para a população, despertar interesse sobre a profissão bem como a conscientização da importância do profissional Farmacêutico, além de desenvolver habilidades educativas e metodológicas ao corpo discente.

 

EIXO TEMÁTICO: CULTURA, ARTES E COMUNICAÇÃO

 

Título: Vídeo-cartas sobre meu bairro: explorando territórios por meio das tecnologias digitais

 

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Cine.edu

 

Instituição: UFSC

Proponentes: Luz Mariana Blet, Nali Catarina Pedroso Nunes, Andréa C. Scansani

 

Esta apresentação, desenvolvida no âmbito do programa de extensão Cine.Edu/PROEXT-PG/CAPES propõe a integração de práticas audiovisuais no contexto escolar. A partir da abordagem do conceito de território, buscou-se estimular a expressão dos estudantes sobre seu bairro e valorizar as múltiplas identidades presentes na escola. As atividades incluíram produções textuais, ilustrações, roteiros e vídeos, além da realização de oficinas com convidados de diferentes territórios da América Latina. O trabalho aqui relatado prevê a troca intercultural com educadores e estudantes, fortalecendo a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão que aqui se concretizarão em uma série de oficinas de vídeo-cartas na EBM Professora Neuza Paula da Silveira – Escola da Infância (Ingleses – Florianópolis).

 

EIXO TEMÁTICO: SUSTENTABILIDADE, MEIO AMBIENTE E TERRITÓRIOS

 

Título:  O fogo, as cinzas e a vida na água  

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  O fogo, as cinzas e a vida na água

Instituição:  UFSC

Proponentes:  Bruno Renaly Souza Figueiredo, Eduardo Azevêdo Guimarães, Laíse Dani Gasparetto, Luan Henrique Armando

Resumo:  Ambientes aquáticos fornecem água à população humana e abrigam uma rica biodiversidade, mas, apesar de sua importância, são ecossistemas ameaçados por atividades antrópicas, que deterioram a qualidade da água e comprometem a saúde de organismos aquáticos e de seres humanos. Entre as ameaças à qualidade da água, está a ocorrência de incêndios em regiões próximas a corpos aquáticos, que geram cinzas residualmente e podem ser levadas à água por ação da chuva ou dos ventos, o que altera diversos parâmetros limnológicos. Apesar disso, há poucas informações disponíveis sobre o prejuízo ambiental causado pela solubilização de cinzas na água à vida aquática e à saúde humana. O não reconhecimento dos impactos de incêndios resulta no negligenciamento de políticas de conservação da biodiversidade aquática e de garantia da segurança hídrica e econômica da população humana que vive da aquicultura. Em face do desconhecimento da problemática por parte de não especialistas, esse projeto tem como objetivo discutir com a sociedade as evidências científicas dos malefícios do uso indiscriminado do fogo e da geração de cinzas para os seres vivos aquáticos e para o próprio ser humano. Para atingir esse objetivo, foram realizadas exposições, oficinas e atividades de educação ambiental à comunidade, apresentando, de forma didática e lúdica, os resultados de pesquisas científicas na área. Especificamente, até o momento, foram realizadas oficinas em duas escolas de diferentes níveis de ensino: a Escola Básica Municipal João Alfredo Rohr e o Colégio de Aplicação da UFSC, voltadas, respectivamente, para alunos do 9º ano do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino fundamental. Além das atividades em ambiente escolar, o projeto também esteve presente em diversos eventos de extensão e divulgação científica, como a “Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão” (SEPEX) de 2024, o evento “Bio na Rua” (realizado durante a Semana da Biologia 2024) e o estande “PPG nas Escolas”, no Floripa Rural 2025, promovido no Centro de Ciências Agrárias da UFSC. No total, participaram diretamente da organização e da execução dessas ações ao menos 12 estudantes de graduação, 2 mestrandos e 3 doutorandos dos PPGs em Ecologia e em Biologia Celular e do Desenvolvimento, demonstrando a integração entre diferentes níveis de formação acadêmica e o compromisso coletivo com a extensão universitária. Em termos de alcance, estima-se que mais de 100 alunos foram diretamente impactados nas escolas participantes, enquanto, nos eventos externos, apenas na SEPEX, mais de 2.000 visitantes, entre estudantes e membros da comunidade, tiveram contato com as atividades e os materiais produzidos. Assim, o projeto contribuiu de forma significativa para aproximar a universidade da sociedade, promovendo o diálogo e a troca de saberes em diversos contextos educativos. Ainda que o projeto tenha obtido resultados significativos, o desenvolvimento das ações não esteve isento de desafios. Um dos principais consistiu na transposição de conteúdos científicos, essencialmente complexos, para uma linguagem acessível. Afinal, essa tarefa exigiu não apenas domínio teórico, mas também sensibilidade pedagógica e criatividade comunicativa na adaptação de conceitos técnicos a diferentes contextos socioculturais e níveis de escolarização. Portanto, foi necessário estabelecer conexões entre o conhecimento acadêmico e os saberes cotidianos,de modo a promover um diálogo horizontal, em certa medida, que valorizasse as experiências prévias dos participantes atendidos e estimulasse o seu pensamento crítico. Por fim, a heterogeneidade do público, composto de estudantes do Ensino Fundamental a adultos já formados, impôs o desafio de equilibrar clareza e profundidade teórica, evitando tanto a simplificação excessiva da temática quanto o uso de jargões técnicos capazes de afastar a população em geral. Diante dos resultados obtidos e do engajamento observado nas ações realizadas, as perspectivas futuras do projeto incluem a ampliação das atividades de extensão para novas escolas e comunidades, contemplando diferentes faixas etárias e realidades sociais, a fim de consolidar o principal objetivo da extensão universitária: a democratização do ensino. Busca-se alcançar esse propósito por meio da transposição didática, que transforma o conhecimento científico produzido na universidade em saber acessível à sociedade. Pretende-se também desenvolver novos materiais educativos complementares, como maquetes tridimensionais e livros infantis ilustrados, que abordem, de maneira lúdica e compreensível, os impactos das cinzas sobre os ecossistemas aquáticos e a importância da preservação ambiental. Espera-se que, a partir dessas iniciativas, o projeto continue contribuindo para a formação científica, crítica e ambientalmente consciente de estudantes e da comunidade, fortalecendo o vínculo entre a sociedade e as universidades públicas, fundamentais para a conservação dos ecossistemas e para o desenvolvimento sustentável. Palavras-chave: Meio ambiente, Ecologia do fogo, Educação ambiental, Conservação da biodiversidade.

 

DIA: 07/11

HORÁRIO: 9H

LOCAL: 211 – Sala de aula, 2º Andar,  Bloco B, CSE, UFSC

 

EIXO TEMÁTICO: DIREITOS HUMANOS, DIVERSIDADE E INCLUSÃO

 

 Título:  Projeto Ebó Epistêmico nas escolas para valorizar a práxis pedagógica e a divulgação científica  

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Projeto Ebó Epistêmico nas escolas para valorizar a práxis pedagógica e a divulgação científica

Instituição:  UFSC

Proponentes:  Alexandra Eliza Vieira Alencar, Binah Ire Vieira Marcellino, Giovanna Barros Gomes, Guilherme Côrtes Ceolin, Jo Pedro Barros Klinkerfus, Kellyn Gaiki Menegat, Lucas Saraçol Lopes, Luz Mariana Blet

Resumo:  O termo “Ebó”, em Língua Yorubá, significa “oferta”. Ao combiná-lo com o adjetivo “epistêmico”, expressamos nossa intenção de oferecer ao mundo uma abordagem que seja ética, política e epistêmica ao mesmo tempo, reunindo saberes diversos, afirmativos, contestadores e críticos da realidade social. O objetivo é combater o racismo epistêmico, os colonialismos do pensamento e o epistemicídio dos conhecimentos negros e indígenas, promovendo ações de construções do conhecimento inclusivas, plurais e comprometidas com a transformação social. Para tanto desde 2022 nosso objetivo dentro de outras ações do projeto é ofertar oficinas de letramento racial para instituições de ensino, prioritariamente da rede pública, atingindo discentes, docentes e gestores das comunidades escolares. Tal oficina é ministrada por pesquisadores/as de nossa equipe a qual se inserem professoras, graduandos e pós-graduandos da Antropologia, Museologia, Ciências Sociais, dentre outras formações da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As oficinas sempre resultam em produções de materiais que são posteriormente divulgados nas redes sociais do projeto, bem como na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da UFSC. Para essa oportunidade partilharemos nossas experiências sobre a realização das 04 oficinas de 06 oficinas projetadas no âmbito do edital Proext-Pg.

 

 Título:  Internacionalizando a extensão universitária: direitos humanos e a capoeira em Maputo, Moçambique  

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  CINECEFID: DIREITOS HUMANOS EM FOCO

Instituição: UFSC

Proponentes:  Alcyane Marinho, Samara Escobar Martins, Raiane Cunha da Conceição

Resumo:  O projeto CineCEFID consolidou um conjunto relevante de ações que articulam internacionalização, pesquisa e extensão, decorrentes da mobilidade acadêmica de uma discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Humanas (PPGCMH) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) à Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, Moçambique. Durante o período da mobilidade, ocorreu uma visita técnica à Escola de Comunicação e Artes da UEM, que contou com a supervisão do Prof. Dr. Mauro Tomás Fernando Vombe, membro do Grupo de Estudos em Cultura e Sociedade daquela instituição. Essa ação integrou a linha de pesquisa “Estudos Sociocomportamentais” e serviu como base para a construção da dissertação da mestranda, cujo foco principal reside na investigação das relações entre lazer, capoeira e sociedade. O projeto reconhece a capoeira como prática sociocultural que vai além do exercício esportivo, destacando seu valor histórico e cultural na promoção dos direitos humanos, na valorização da identidade cultural afro-brasileira, no respeito à diversidade e na promoção da inclusão social em contextos marcados pela desigualdade e exclusão. O objetivo da iniciativa centrou-se em favorecer o diálogo intercultural e aprofundar o conhecimento sobre as práticas de capoeira em Maputo, analisando seu papel enquanto um fenômeno sociocultural e sua contribuição para a promoção dos direitos humanos em ambientes de vulnerabilidade social. Para tanto, a metodologia adotou a mobilidade acadêmica com a realização de pesquisa de campo voltada à coleta de dados qualitativos, por meio de entrevistas semiestruturadas com capoeiristas locais, registros da memória cultural e diálogos sistemáticos com pesquisadores da UEM, privilegiando uma abordagem qualitativa que enriquece a compreensão das trajetórias pessoais, das memórias sociais e dos significados atribuídos à capoeira na realidade moçambicana. As principais atividades desenvolvidas pelo projeto incluíram a coleta detalhada de recursos audiovisuais, documentando as experiências e as histórias de vida dos capoeiristas de Maputo, a produção inicial de um videodocumentário (intitulado: Capoeira de Maputo: a arte do encontro”, 30min) que visa retratar a memória cultural da capoeira naquele contexto específico, e a articulação internacional que fortaleceu o intercâmbio acadêmico entre as instituições UDESC e UEM. Adicionalmente, essa mobilidade está inserida no projeto maior “Lazer e Direitos Humanos”, coordenado pela docente responsável, que incorpora a participação ativa de uma doutoranda também envolvida em mobilidade internacional e dedicada à coleta de dados em Moçambique, com financiamento oriundo do PPGCMH. Os resultados parciais evidenciam a constituição de parcerias substantivas entre as instituições brasileira e moçambicana, o avanço na produção científica nos níveis de mestrado e doutorado, bem como a confecção do videodocumentário, o qual foi aprovado para ser apresentado na Mostra Audiovisual do X Congresso da Redbioética da UNESCO, cujo tema é “20 anos da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos”; e foi submetido ao Canadian Congress on Leisure Research (2026), cujo tema é “Lazer como Transformação: Reconciliação, Equidade, Diversidade e Inclusão”. A participação nestes eventos tem o intuito de fomentar a difusão acadêmica e cultural da capoeira enquanto manifestação identitária. O projeto contribui cientificamente para o campo dos estudos sobre lazer e direitos humanos, validando a capoeira como um elemento cultural essencial na promoção da dignidade humana e na construção de identidades em contextos atravessados por diversidade, historicidade e desigualdades sociais. Entre os desafios enfrentados, destacam-se a manutenção de um diálogo intercultural contínuo e produtivo, a sustentabilidade dos projetos de mobilidade e produção colaborativa e a ampliação da circulação dos produtos acadêmicos e culturais para além do meio universitário, visando potencializar seu impacto social e comunitário. As perspectivas futuras incluem o incremento das ações de pesquisa e extensão colaborativas, a ampliação do envolvimento de novos estudantes e docentes nas iniciativas internacionais, e a consolidação dos produtos audiovisuais como ferramentas estratégicas para a extensão universitária e para a preservação da memória cultural, promovendo ao mesmo tempo a transversalidade entre lazer, direitos humanos e práticas culturais afro-brasileiras. Os recursos financeiros mobilizados contemplaram passagens aéreas, diárias da discente durante o período da mobilidade e a remuneração do profissional responsável pela produção do videodocumentário, evidenciando a integração efetiva entre pesquisa e extensão universitária. Em síntese, o projeto evidencia como a internacionalização pode fortalecer a pós-graduação, fomentar conexões acadêmicas sólidas e ampliar a visibilidade das práticas culturais ligadas à promoção dos direitos humanos em espaços globais, configurando-se como uma experiência exemplar que articula saberes, culturas e práticas na construção de agendas de transformação social e inclusão cultural.

 

EIXO TEMÁTICO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

 

 Título:  Vozes decoloniais na escola: pesquisa e extensão em diálogo  

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG:  Vozes decoloniais na escola: saberes interculturais para a transformação social

Instituição:  UFSC

Proponentes:  Adriana Angelita da Conceição, Ana Cristina Martinez, Joice de Souza Avelina Costa, Odair de Souza, Ricardo Mattos Martins Cunha, Ruthinere Ribeiro Farias

Resumo:  O Projeto de Extensão “Vozes decoloniais na escola: saberes interculturais para a transformação social” tem como objetivo principal contribuir com a Formação Continuada e Permanente de docentes da Educação Básica Pública em Santa Catarina, em âmbito Municipal e Estadual, a partir da proposição de cursos e oficinas organizados pelo entrelaçamento de conhecimentos acadêmicos e tradicionais. O projeto se constitui em ações extensionistas comprometidas com práticas pedagógicas críticas que carregam a criticidade social como um ato necessário à produção do conhecimento científico, fortalecendo a universidade pública e gratuita como um espaço no qual seja possível co-criar, no sentido de criar em coletividade, respostas e soluções aos desafios contemporâneos no campo educacional, no que se refere, em especial, ao comprometimento com a educação para as relações étnico-raciais. Na atualidade, os impactos da colonialidade persistem, entre emergência climática, interesses privatistas na Educação Pública, negacionismos que atacam a produção do conhecimento científico produzido com comprometimento social, a permanência do racismo e das violências às populações indígenas e periféricas. Diante de tal perspectiva, os conhecimentos tradicionais e populares têm sido um espaço de resistência que ensina e que mostra sua força, apresentando outras formas de ver, sentir e agir no mundo. Neste sentido, o projeto atua a partir de referenciais teóricos e metodológicos vinculados ao pensamento decolonial, constituídos por movimentos de resistência teóricos e práticos, políticos e epistemológicos, à lógica da modernidade/colonialidade e que anunciam perspectivas de produção do conhecimento em diálogo, valorizando a interculturalidade e todas as formas de saberes. A equipe executora é formada por pós-graduandos, mestrandos/as e doutorandos/as, do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE, Programa de Pós-Graduação em Ensino de História – PROFHISTORIA, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica – PPGECT, vinculados ao Centro de Ciências da Educação – CED/UFSC, incluindo o Programa de Pós-Graduação em História – PPGH, alocado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFH/UFSC. Entre docentes e pós-graduandos, ainda contamos com estudantes de graduação dos cursos de Pedagogia, História e Libras. A partir desta equipe, integrando os projetos de pesquisa em desenvolvimento na pós-graduação e dos docentes envolvidos, as formações continuadas, como cursos de extensão, foram sendo mobilizadas e criadas em diálogo com nosso público-alvo. Portanto, assumimos a perspectiva dialógica como eixo estruturante. O projeto tem mobilizado as seguintes temáticas nas formações que têm organizado: Educação Indígena e Quilombola, História e Cultura de matriz africana e afro-brasileira, Narrativas de Histórias Indígenas, Educação para as Relações Étnico-Raciais – ERER, Ecopedagogia e Interculturalidade Crítica. Ao longo de 2025, nos municípios de Laguna, Paulo Lopes e Florianópolis, entre escolas estaduais e municipais, o projeto de extensão “Vozes decoloniais na escola: saberes interculturais para a transformação social” ofertou os seguintes cursos: a) Educação Quilombola e ERER: formação continuada para docentes e escolas não Quilombolas; b) ORAIS – Histórias Indígenas e Histórias Tradicionais Indígenas no âmbito da lei 11645/2008 – uma proposta de formação continuada com a Educação Infantil; c) Sambaquis como pontes para o Ensino de História nos Anos Iniciais: Explorar, entender e valorizar o patrimônio desde a sala de aula; e d) Ecopedagogia: o bem-viver na infância com a natureza – alcançando aproximadamente duzentos professores/as. Assim, contando com a contribuição de pessoas quilombolas e indígenas, as formações foram ofertadas para docentes da Educação Infantil ao Ensino Médio, produzindo espaços de formação crítica e produção de propostas pedagógicas em conexão aos pressupostos do pensamento e das pedagogias decoloniais, incluindo a produção de um material pedagógico que foi distribuído para as unidades escolares que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental do município de Laguna – “Revista Educativa Ensino de História e Interdisciplinaridade: Como abordar os Sambaquis nos Anos Iniciais?” A partir do projeto, tem sido possível problematizar o lugar da extensão na graduação e na pós-graduação, identificando que extensão, enquanto espaço de produção de conhecimento em diálogo, produz efetividade ao conhecimento produzido, no caso do projeto, no campo educacional. Assim, o projeto construiu suas ações pela indissociabilidade entre extensão, ensino e pesquisa, ao almejar a transformação dos agentes envolvidos, dando sentido às pesquisas e ao ensino que acontece na universidade, para se construir junto das comunidades, escolares ou não, envolvidas, soluções para os desafios postos à educação pública no Brasil, com ênfase no enfrentamento ao racismo e aos preconceitos que permeiam a sociedade brasileira. O projeto “Vozes decoloniais na escola: saberes interculturais para a transformação social” faz parte do Programa de Extensão da Educação Superior na Pós-Graduação – PROEXT-PG CAPES/SESU, com financiamento do edital n. 3/2024/PROPG/PROEX/PROEXT-PG 2024 – UFSC – o que foi imprescindível para o desenvolvimento das ações. Palavras-chave: Pensamento Decolonial, Formação Continuada, Extensão.

 

 Título: Laboratório de Extensão História na Escola  

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG: Laboratório de Extensão História na Escola

Instituição: UFSC

Proponentes: Alfredo Ricardo Silva Lopes

Resumo:  O projeto de extensão tem o objetivo de direcionar as pesquisas em andamento e finalizadas do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História e Programa de Pós-Graduação em História tendo em vista a adaptação curricular e didática para a Educação Básica. A aproximação entre os Programas de Pós-Graduação é fundamental para a atualização do Ensino de História nas escolas, que por sua vez também apresentam suas demandas a Universidade e, assim, oferecem novos caminhos para a pesquisa na Pós-Graduação da UFSC.

 

Título: Estratégias pedagógicas inclusivas aplicadas à Educação Básica

Nome do Projeto vinculado a PROEXT-PG: Estratégias pedagógicas inclusivas aplicadas à Educação Básica

Instituição: UFSC

Proponentes: Lizandra Garcia Lupi Vergara

Resumo: O acesso à educação é um direito assegurado desde a Constituição Brasileira de 1988. Barreiras educacionais e escolares são aquelas que impedem a inserção individual em certas atividades que influenciam no entendimento e pleno desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes. O Projeto, formado por uma equipe multiprofisssional de dois grupos de pesquisa UFSC/CNPq – GMETTA (Eng. de Produção) e GITAI (Colégio de Aplicação – CA), se propõe a aplicar Jogos Educativos Inclusivos em Sala de Aula como estratégia de aprendizagem ativa, contribuindo com os conhecimentos teóricos das disciplinas da Educação básica e promovendo a inclusão escolar, baseado em conceitos de Tecnologia Assistiva (TA), Ergonomia e Desenho Universal de Aprendizagem (DUA). As atividades compreendem desde a concepção de peças em impressão 3D/ tabuleiro/ cartas, e concepção de carrinhos de controle com programação em arduino para os jogos, além de editoração de livros infantis, como desenvolvimento de TAs aos alunos com deficiência do CA/UFSC, a palestras técnicas e cursos oferecidos a comunidade acadêmica. Nossa missão é contribuir com a produção de conhecimento relacionado a Tecnologia Assistiva (TA) no contexto escolar, sob enfoque interdisciplinar, na busca de soluções viáveis e inovadoras a questões que envolvam inclusão escolar, inclusão social, acessibilidade e adequação às necessidades das pessoas com deficiência, limitações comunicacionais e/ou mobilidade reduzida.